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Qual a relação entre pele e intestino?


Para entender melhor a relação entre o intestino e o cérebro, é preciso percorrer suas vias de comunicação e saber como os sinais saem do abdômen e chegam à cabeça e o que nela podem provocar.

O cérebro precisa das informações para poder fazer uma ideia da situação atual do corpo. Pois ele se encontra isolado e protegido como nenhum outro órgão. Residindo em um crânio ósseo, é envolvido por uma espessa meninge e filtra novamente cada gota de sangue antes que ela possa fluir pelas áreas cerebrais. Já o intestino se encontra em meio ao tumulto. Conhece todas as moléculas desde nossa última refeição, aborda com curiosidade os hormônios em circulação no sangue, pergunta às células imunocompetentes como foi seu dia ou então ouve concentrado o zumbido das bactérias intestinais. É capaz de contar ao cérebro coisas sobre nós das quais ele jamais suspeitaria. O intestino reúne todas essas informações não apenas com a ajuda de um sistema nervoso considerável, mas também em uma gigantesca superfície. Isso faz dele o maior órgão sensorial do corpo. Perto dele, olhos, orelhas, nariz ou pele não são nada. As informações desses órgãos chegam à consciência e são utilizadas para que eles possam reagir ao ambiente. Assim, quando se trata da nossa vida, agem como sensores de estacionamento. O intestino, por sua vez, é uma gigantesca matriz; sente nossa vida interna e trabalha na subconsciência.

Fonte: O discreto charme do intestino. - Giulia Enders

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